Foi lançado um thriller de crime mitológico da YRF Entertainment e da Netflix, o mais recente projeto da parceria entre a produtora e o serviço de streaming. Após The Railway Men, esta colaboração apresenta A Mandala da Morte, uma série que combina elementos de misticismo com o formato de um policial processual. A série conta com Vaani Kapoor no seu primeiro papel numa série de streaming. A ela junta-se um elenco que inclui Vaibhav Raj Gupta, Surveen Chawla e Shriya Pilgaonkar. A série foi criada by Gopi Puthran, conhecido por escrever e realizar a saga de filmes Mardaani. O projeto faz parte de uma estratégia de conteúdo para produzir histórias de origem indiana para uma audiência global. O envolvimento de Puthran e a estreia de Kapoor no streaming posicionam A Mandala da Morte como um lançamento notável no calendário de streaming, com uma narrativa descrita como tendo múltiplas camadas.
Uma cidade envolta em secretismo e simbolismo
A narrativa decorre na cidade fictícia de Charandaspur, onde emerge um padrão de crime. O enredo centra-se numa série de assassínios que são apresentados como ritualísticos e simbólicos. Os homicídios estão ligados a uma sociedade secreta e a uma profecia. A investigação leva à descoberta de um culto cujas ações dos membros esbatem as fronteiras entre a fé e o crime. A série utiliza a mandala como elemento estrutural e temático. A investigação é descrita como uma teia de segredos tão complexa como o símbolo espiritual. A estrutura narrativa da série foi concebida para refletir as camadas de uma mandala, que em algumas tradições representa o universo e uma jornada espiritual. Cada episódio pretende aprofundar a investigação no mistério. Os assassínios representam as camadas exteriores, com a sociedade secreta e a sua profecia no centro. Esta estrutura combina o formato de um policial processual com conceitos espirituais indianos. O uso de mandalas, yantras e profecias confere um contexto culturalmente específico à série, com o objetivo de atrair tanto o público local como o internacional.

Os rostos da investigação e da conspiração
A investigação é liderada pela Detetive Rea Thomas, interpretada por Vaani Kapoor. A personagem é uma agente encarregada de resolver os homicídios. Este papel representa uma mudança para Kapoor, cujo trabalho anterior inclui comédias românticas como Shuddh Desi Romance e Befikre, e papéis secundários em filmes de ação como War. Kapoor afirmou que procurava uma oportunidade para interpretar uma personagem com mais complexidade e vulnerabilidade, diferente do arquétipo “dura e inexpressiva” por vezes visto no género. A sua interpretação é um componente central da série.
A fazer parceria com Rea Thomas está o Detetive Vikram Singh, interpretado por Vaibhav Raj Gupta. Gupta é conhecido pelo seu trabalho na websérie Gullak. A escolha de Kapoor, uma atriz popular de Bollywood, ao lado de Gupta, um ator conhecido pelo seu trabalho em séries de streaming, parece ser uma estratégia para atrair diferentes segmentos do público de entretenimento indiano.
O elenco secundário inclui Surveen Chawla e Shriya Pilgaonkar em papéis descritos como centrais para o mistério, com a personagem de Chawla a ser sugerida como uma potencial antagonista. O elenco inclui também atores veteranos como Raghubir Yadav, Siddhanth Kapoor e Rahul Bagga.
A arquitetura criativa do mito e da loucura
O criador e co-realizador de A Mandala da Morte é Gopi Puthran. O seu trabalho anterior inclui a saga Mardaani, onde foi o argumentista de ambos os filmes e o realizador da sequela, Mardaani 2. Essa saga focava-se em crimes contra mulheres e apresentava uma protagonista polícia feminina. Em A Mandala da Morte, Puthran aplica uma abordagem semelhante, com uma investigadora no centro da história, mas o foco do enredo muda do crime contemporâneo para um conflito enraizado na mitologia e na fé.
Puthran declarou que o seu objetivo era criar um mundo que parecesse “desconhecido, mas com os pés na terra”, onde cada verdade revelada tem múltiplas camadas. Ele destacou a importância de tecer simbolismo na narrativa e de criar uma tensão atmosférica. O co-realizador Manan Rawat descreveu a série como um quebra-cabeças, com cada episódio a adicionar mais uma peça para desafiar as suposições do público. Rawat também comentou as atuações emotivas e intensas dos atores principais. O projeto é apoiado pela YRF Entertainment, com Aditya Chopra, Uday Chopra, Yogendra Mogre e Akshaye Widhani listados como produtores executivos.
Ampliando o panorama do streaming
A Mandala da Morte é uma entrada no mercado indiano de streaming e faz parte da parceria criativa entre a Netflix e a YRF Entertainment, que se foca na produção de projetos para uma audiência global. A série é descrita como uma fusão de géneros, misturando elementos de crime, mitologia, mistério e suspense. Esta abordagem utiliza a estrutura familiar de um policial processual, ao mesmo tempo que incorpora conteúdo culturalmente específico, como mandalas e profecias ligadas a sistemas de crenças indianos. A intenção é ressoar com o público doméstico indiano, sendo ao mesmo tempo acessível para os espetadores internacionais.
A série junta-se a um subgénero de thrillers indianos, como Asur, que integram a mitologia nas suas narrativas, sugerindo o interesse do público por tais histórias. Para a Yash Raj Films, um estúdio com um historial no cinema, este investimento numa série de streaming marca uma transição para as plataformas digitais, uma adaptação ao panorama mediático atual. A Mandala da Morte é um exemplo desta nova direção, um thriller que combina géneros e visa contribuir para a narrativa indiana numa plataforma global.
A Mandala da Morte estreia a 25 de julho, apenas na Netflix.