“A Primeira Barbie Negra” é um documentário escrito e realizado por Lagueria Davis.
Nesta ocasião, a Netflix apresenta um documentário sobre como a Mattel, uma empresa que fabrica bonecas, lançou uma versão diferente da icônica Barbie, um popular brinquedo para meninas, que desta vez apresentava uma cor de pele diferente do habitual.
Um dia, uma mulher propôs na Mattel, a empresa onde trabalhava, a criação de um novo modelo de Barbie, desta vez para diversificar o mercado: Uma Barbie de raça negra. O nome dela era Beulah Mae Mitchell, e ela foi funcionária da Mattel de 1955 a 1999.
“A Primeira Barbie Negra” é um documentário sobre como esta Barbie foi criada e o que ela representou, fazendo uma análise detalhada da infância das pessoas negras na América do Norte e a mudança que a sociedade passou nos anos 60.
Este é um documentário completo sobre a segregação ao longo do século XX. Pode-se subestimar o fato de que a Barbie era, obviamente, branca. Sim, Barbie, Ken e todos os seus amigos: todos brancos. Apesar de aparentemente ninguém dar importância, em “A Primeira Barbie Negra” descobrimos que esta era parte de uma cultura de segregação que negava, entre outras coisas, o direito de voto dos negros.
Não, a criação de uma Barbie negra não revolucionou o mundo, todos concordamos com isso, mas fez parte de um movimento contra a segregação que ajudou a integrar os afro-americanos na sociedade e a superar o legado cultural da segregação que ainda existia nos Estados Unidos em meados do século XX.
“A Primeira Barbie Negra” conta com convidadas maravilhosas, incluindo a criadora da ideia e uma mulher como Shonda Rhimes, que nos dá sua visão sobre a evolução da mulher negra na indústria do entretenimento e por que é importante ter modelos de sucesso desde a infância, a nível educacional, cultural e social.
Este documentário vai muito além da criação de um produto infantil e analisa a importância de ter modelos de sucesso disponíveis para todos, e como a criação deste modelo de boneca, um verdadeiro ícone cultural, ajudou a mudar (também) alguns dos parâmetros sociais dominantes.
Como todos sabemos, embora às vezes possa ser doloroso, mudar e adaptar-se aos novos tempos é necessário e positivo. Desejamos que você aprecie este documentário.