Black Mirror: Eulogy
Black Mirror: Eulogy

“Eulogy” – Black Mirror, Episódio 5, 7ª Temporada: Revelando as Memórias Mais Esquecidas

10/04/2025 12:21 PM EDT

Paul Giamatti protagoniza “Eulogy”, a história mais pessoal e intimista desta temporada: um relato de um amor perdido entre memórias falsas que, graças à tecnologia, ganham nova vida e acabam por revelar a verdade.

Este episódio, muito diferente dos anteriores, parece, desta vez, revisitar os primeiros tempos da série. Para nos ligarmos a este episódio e à sua sensibilidade particular, é preciso desligar e respirar fundo para mergulharmos numa história de amor de um homem que falsificou as suas memórias e que agora consegue ver a verdade da situação.  

O Enredo

Philip é um homem solitário que recebe um telefonema: uma mulher faleceu. Inicialmente, ele não se lembra dela, mas começa rapidamente a recordar graças a uma invenção inovadora que reaviva as memórias através de fotografias e permite reativar zonas esquecidas da memória. Aos poucos, começa a recordar a mesma história, embora com a ajuda de uma guia muito especial: a filha da mulher que ele amou há muitos anos.  

Black Mirror: Eulogy
Black Mirror: Eulogy

Sobre o Episódio

Sem dúvida, Paul Giamatti é a grande atração deste episódio que, por outro lado, não se destaca pela imaginação ou fantasia ao nível da ficção científica. E “Eulogy” não pretende seguir esse caminho; procura explorar mais o tema das memórias e como, graças à tecnologia, podemos reviver situações queridas ou dolorosas, mas situações que também fazem parte das nossas vidas.  

“Eulogy” é uma viagem pela vida de Philip e pelos três anos que passou com o amor da sua vida. É uma viagem sem violência, afetiva e tranquila. Não há grandes saltos de ritmo e quase não há surpresas narrativas: o episódio leva o seu tempo a contar-nos uma história de forma calma, pausada e clara.  

A fotografia é boa, com tons de filme antigo, anterior à era digital, e todo o episódio parece prestar homenagem às fotografias, aquelas que antigamente se obtinham através de negativos para depois as revelar. Assim, o episódio segue um pouco esse processo: primeiro, tudo está oculto à vista, e só com a ajuda da guia se chega ao negativo para depois voltar a tomar forma em papel, como uma memória já mais próxima.  

Não esperem uma avalanche de efeitos especiais. Há alguns, quando as personagens entram nas fotografias, mas não é um episódio que procure chamar a atenção nesse aspeto, muito pelo contrário.  

A nível rítmico, é o melhor episódio desta sétima temporada até ao momento. Preparem-se para uma viagem no tempo dolorosa e bela, na companhia do protagonista, Paul Giamatti.

Onde assistir “Eulogy”

Netflix

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