“Respira” é uma série da Netflix protagonizada por Najwa Nimri, Aitana Sánchez-Gijón, Blanca Suárez e Manu Ríos. Foi criada por Carlos Montero.
Passada na movimentada cidade de Valência, em Espanha, “Respira” mergulha o espetador no ritmo diário de um hospital onde os serviços de urgência se debatem com casos críticos e os médicos navegam nas suas vidas pessoais e profissionais no meio de uma greve acesa. Esta greve não só divide a comunidade médica como também apresenta um dilema angustiante: devem os médicos protestar por melhores recursos de saúde pública ou continuar a prestar cuidados, sabendo que a vida dos seus pacientes está em risco?
Este conflito é o cerne da série espanhola, que estreia hoje na Netflix, e que mostra o talento notável das suas três actrizes principais: Najwa Nimri, Aitana Sánchez-Gijón e Blanca Suárez.
Sobre a série
“Respira” pulsa com energia, misturando casos médicos de ritmo acelerado com as sagas pessoais de médicos e pessoal de saúde. Embora possa ecoar o formato de inúmeros dramas médicos que já encontrámos, distingue-se por um foco único. Sem a figura de George Clooney, apresenta Manu Rios como um jovem aspirante a médico, acrescentando uma nova dinâmica ao conjunto.
A série é conduzida por uma missão clara: lançar luz sobre o estado atual da saúde pública em Espanha. O conflito é palpável e a tensão é imediata, desde a cena de abertura que questiona a necessidade de proceder a uma operação no início da greve. “Respira” está longe de ser uma diatribe socio-política; apresenta habilmente os argumentos de ambos os lados, entrelaçando-os com histórias profundamente humanas que transformam o conflito ético numa profunda exploração do lado humano da medicina.
A nossa opinião
Embora “Respira” possa não se desviar significativamente da estrutura narrativa de outros dramas hospitalares, aproveita magistralmente o género para se ligar profundamente aos espectadores a um nível humano, cumprindo assim o seu objetivo. A série entretém e envolve tão eficazmente como qualquer outra do seu género, graças à sua narrativa convincente e ao ritmo acelerado, tanto a nível cinematográfico como de guião.
Em conclusão, “Respira” distingue-se pela integração perfeita de cenários médicos urgentes com as viagens pessoais pungentes das suas personagens, o que a torna imperdível para os fãs do género e para os interessados nos meandros da saúde pública.