“Duchess” é um filme realizado por Neil Marshall, protagonizado por Charlotte Kirk. Com Philip Winchester, Colm Meaney e Stephanie Beacham.
Se está à procura de um thriller de ação espirituoso com uma dose de drama mafioso, “Duchess” pode despertar o seu interesse. Desta vez, no entanto, os temas familiares vêm com uma reviravolta – uma protagonista feminina: Charlotte Kirk, interpretada por Scarlett Monaghan.
“Duchess” procura emular o estilo caraterístico dos primeiros filmes de Guy Ritchie, apresentando-nos gangsters, um enredo de roubo de diamantes, humor e o cenário sombrio dos bairros menos abastados de Londres. Embora o filme tenha uma protagonista feminina, o objetivo estético mantém-se inconfundivelmente semelhante às obras de Ritchie. Infelizmente, fica aquém na execução, faltando-lhe a delicadeza e a intensidade que caracterizam os filmes de Ritchie.
Enredo
A narrativa gira em torno de uma mulher que, depois de sofrer uma agressão brutal, decide vingar-se. A sua busca de vingança envolve-a no mundo obscuro do tráfico de diamantes e no perigoso meio dos pequenos mafiosos londrinos.
Sobre o filme
“Duchess” é uma daquelas produções feitas sem convicção genuína. Consciente da sua falta de originalidade, apoia-se fortemente em tropos familiares, tentando tão arduamente passar ao lado desses clichés que, ocasionalmente, entra em território de paródia – embora nunca chegue a abraçar essa identidade.
O argumento é pouco convincente, tal como as sequências de ação e as representações das personagens. Desde o seu início, o filme parece ter pouco a transmitir, progredindo para a sua conclusão de uma forma tropeçante e auto-consciente que sugere que até os realizadores duvidaram do seu apelo.
Os desempenhos são pouco inspiradores, com os actores a debaterem-se devido a diálogos fracos e cenas que carecem de peso dramático. O realizador parece desligado do enredo, o argumentista parece ter tido um dia de folga e a equipa técnica pouco pode fazer para salvar a situação.
Nossa opinião
O resultado final é um filme sem química, que, na tentativa desesperada de imitar outros filmes de sucesso, acaba por não ter uma identidade própria.
Na sua essência, “Duchess” aspira a captar a essência de um filme de Guy Ritchie, mas falha em todas as frentes.